Dentro de mim há um buraco. Ele começou bem pequeninho, mas hoje já ocupa metade de mim. Ele se alimentou da minha dor. Devorando, aos poucos, minha carne e minha alma, anulando meus sentimentos. Hoje eu sou metade vazia e morta. Mamãe não entende isso, aliás, ninguém entende. Eles preferem ignorar, é mais fácil pra eles, sempre foi e será. Então eu ignoro eles também.
Lembro-me apenas de uma vez que tentaram argumentar comigo dizendo que metade vazia ainda é metade cheia; contudo, quando a sua outra metade é a escuridão, a frase perde seu efeito. Por isso aceitei o que e quem sou.
Sou a garota interrompida que possui metade oca e outra apodrecida. Ninguém em especial. Ninguém especial. Ninguém.
Um comentário:
Isso soa familiar pra mim >.<
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