O ódio que corrói
A tristeza que desola
Não se importe pequena criança
O demônio te consola
E em seguida lhe destrói
O demônio da ira que lhe assombra
Nada mais é que se seu reflexo invertido
Caído e destruído
Refletido no espelho de sua alma quebrada
E nos destroços de sua mente falha
Nos ecos do seu coração vazio
E no seu pensamento mais vil
Ele a aguarda para lhe retalhar
Espere pequena criança
Apenas aguarde
Pois se hoje ainda é cedo
Amanhã poderá ser tarde
A angústia que hoje te atormenta
Nada mais é que o espectro
Da tua própria existência
Desatinando por sofrer em vão
Sofrendo por morrer
Antes mesmo de viver
E sofrendo por odiar
Antes mesmo de amar
Por isso jovem criança
Nunca perca a velha esperança
Não feche seus olhos para a escuridão eterna
Não deixe a alegria para mais tarde
Porque quando perceber
Pode ser tarde demais
Tarde demais para tanto ódio consumado
Tarde demais para ser amado
Tarde demais para tanto sofrer
Tarde demais apenas para viver
Julliana M. Passos
(01/10/2009)
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