09/09/2009

Oh! Tédio sem fim!

Suspiros ecoaram no quarto vazio
Onde meu corpo morto de tédio jazia
Sobre a cama fria de lençóis de cetim

Olhei para a sacada iluminada pela lua
Na esperança de quebrar toda aquela angústia
Mas nem assim...
Foi então que meus olhos caíram sobre uma flor
Um narciso, a flor solitária, sorria encantadoramente pra mim
Ah! Logo eu que morria do tédio sem fim...

Oh! Narciso se você soubesse o que é de tédio viver e morrer
Não seria capaz de sorrir assim
Fechei os olhos ignorando o sorriso da flor
Oras! Ela também não sabia o que era o amor
Muito menos poderia compreender essa dor

Dor de nada
Dor de tédio
Caminhei até a janela
Para fechar a vidraça
Por onde um vento fio entrava

Ah! O vento frio da noite impregnado pela fragrância do narciso
Seria maravilhoso se sempre assim fosse
Abri um sorriso faceiro de menina travessa
A noite estava belíssima e as estrelas radiantes
Olhei adiante
E observei no céu – finalmente - a prateada cintilante
Estava mais graciosa que o seu brilho na sacada dizia estar

Fechei os olhos e voltei a sonhar
O sonho dizia-me para dar um fim
No tédio que assolava tudo em mim
Estava certo. Eu precisava sair

Arrumei-me com a minha melhor roupa
Apanhei minha bolsa e finalmente saí

- Adeus Narciso, adeus tédio. Olá vida nova.

Julliana Monteiro 05/09/09

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